Gabriel, o pensador

Um dos maiores nomes do rap brasileiro, Gabriel diferenciou-se de boa parte de seus pares (e chegou a ser por eles criticado) por ser garoto branco de classe média alta. Mas desde o começo fez das letras de crítica social o seu cavalo de batalha, como convém ao melhor rap. Filho da jornalista Belisa Ribeiro, ele apareceu no fim de 1992, quando ainda era estudante de comunicação na PUC do Rio, com a música "Tô feliz, matei o presidente". O personagem da letra era Fernando Collor de Mello, que tinha acabado de renunciar ao cargo frente a um processo de impeachment (e de quem Belisa tinha sido assessora). Contratado pela Sony Music por causa do sucesso da música, Gabriel lançou em 1993 seu primeiro e homônimo disco, que ganhou as rádios com as ácidas mas bem-humoradas "Lôraburra" e "Retrato de um playboy". Em 1995, ele saiu com o feroz "Ainda é só o começo", que provocou polêmica com as músicas "Estudo errado" e "FDP 3", mas não repetiu o sucesso do primeiro álbum. Dois anos depois, Gabriel voltou à carga com a irreverente e pop "2345meia78", que seria a primeira faixa de trabalho do disco "Quebra-cabeça". "Cachimbo da paz" e "Festa da música" estouraram depois, levando o CD a ultrapassar a marca do um milhão de cópias vendidas. Sucesso em Portugal, atração escolhida pela banda irlandesa U2 para fazer a abertura de seus shows brasileiros em 1998, Gabriel deu prosseguimento aos seus trabalhos com o disco "Nádegas a declarar", lançado no fim de 1999.

Discografia

 

Gabriel o pensador - 1993

Ainda é só o começo - 1995

Quebra-cabeça - 1997

Nádegas a declarar - 1999

Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo - 2001